domingo, 11 de julho de 2010

Ville de Québec

Hoje fui a Québec (pois ontem nao rolou). Minhas impressoes das outras cidades da provincia de Québec sao bem diferentes da impressao que eu tenho de Montréal: sao positivas. Montréal é cheia de gente antipatica e imigrantes arrogantes com bola alta porque nao moram mais nos seus paisecos de origem. Ninguem faz questao de ser agradavel, nao fazem questao de se fazerem compreender e todo mundo é de esquerda. Eu, hein.

Sou muito mais a area rural. Paravamos para ir ao banheiro em postos de gasolina e o atendimento era muito cordial. Se eles viam que nao éramos francofonos, eles falavam mais devagar e muito tentavam até falar inglês! Nao somente, as mulheres sao mais bonitas do que em Montréal também. Sei que nessa hora a dignissima e suas aliadas (minha mae, minha irma, minhas tias e minhas primas; é uma conspiracao) estao pensando: "Sei. Conte mais, bandido. So nas menininhas, né, pilantra?". Meus amores, essa foi so uma constataçao estética objetiva. As mulheres sao mais bonitas. Sao as descendentes dos quatro povos que formaram o Quéebec: Inglaterra, Irlanda, Escocia e França. Em Montréal, além do povo ser chato, eu nao acho bonito a miscigenacao de gente do Bangladesh com da Tanzania, por exemplo. But hey, that's just me.

Sim, a viagem. Primeiro fomos para as Quedas de Montmorency. Muito bonito e tudo mais. Mas eu curti mais mesmo o fato de Montmorency ter servido de mirante para as tropas inglesas de James Wolfe, que atravessaram o Rio Sao Lourenço na calada da noite de 31 de julho de 1759 e dominaram as tropas francesas do Marques de Montcalm na Ilha de Orléans, o que tirou a America do Norte como opcao para palco de operacoes francesas para a Guerra dos 7 Anos. Ou seja, os franceses foram derrotados na America do Norte e o Québec caiu em maos anglofonas, nas quais permanece até o dia de hoje. Infelizmente, tanto Wolfe como Montcalm morreram na batalha, sendo duas grandes perdas para a historia militar. De todo modo, foi super legal estar no morro em que estavam as tropas de Wolfe mais de dois séculos atras! Quase desmaiei. Pra situar os perdidos, o célebre "O Ultimo dos Moicanos", romance de James Fenimore Cooper, retrata essa guerra (nao a batalha em especifico, mas a guerra na qual ela tomou parte).

Depois do meu transe historico-militar, desci o morro pela lado oeste das cataratas e fui la me encharcar com a nevoa, igual nas Quedas do Niagara. As Quedas de Montmorency nao têm a furia das do Niagara, mas sao 20 metros mais altas e proporcionam um bom banho! Apos as quedas fomos almocar.

Findado o almoco, fomos para a Colina do Parlamento de Québec e para o Observatorio da Capital. Muito legal mesmo. Deu pra ver as muralhas de Vieux-Québec (a cidade velha) e a Citadela. Québec Ville é a unica cidade fortificada da America do Norte. Depois disso, fomos para a cidade velha - que é dentro das muralhas. Descemos na Place d'Armes (Praça das Armas). Vi a estatua de Samuel Chaplain, fundador da provincia, e o Château Frontenac, onde o governador-geral da provincia morava. Fui entao para a rua de comercia mais antiga do pais e, logo apos, fiz meu tour pelas igrejas (que é o que mais me encanta).

Comecei pela charmosissima Igreja de Nossa Senhora das Vitorias, dedicada à Santa Genoveva. Segui entao para a Catedral Anglicana, que é imponente e majestosa. Realmente muito bonita. Foi ai que comprei um pequeno crucifixo de madeira.

Parentese: na escola de linguas onde estudo frances, a professa nao gosta quando nas atividades interativas eu mesclo meu aprendizado com minha fé. Por exemplo, no dia em que aprendiamos o condicional, o exercicio era "se eu fosse um ____, eu seria ____". No primeiro espaco, havia categorias como paises, personagens famosos e livros; aos quais eu respectivamente respondi Reino Unido (que ela detesta), Martin Luther (Lutero) - mas que ela leu Martin Luther King - e Institutas da Religiao Crista, de Calvino - que ela simplesmente disse "esse eu nao vou ler". Agora, se fosse um livro do Dalai Lama ou de algum autor muçulmano, nao tenho duvida que nao somente ela leria o titulo como perguntaria a respeito, como fez com o livro dos outros. Ora mais!

Ainda outro exemplo, um dia, ela perguntou a todo mundo o que ja tinhamos feito antes de ir pra escola. Evidentemente, ninguem tinha feito nada, so acordado e ido pra escola. Mas ela tentava desmiuçar qualquer coisa para que falassemos francês. Ai chegou minha vez:

EU: Acordado, fz minhas preces, liz a Bîblia e estudei teologia com o livro de um escritor ingles chamado...
ELA: OK, proximo.

Como eu nao bagunco na aula, nao durmo, nao chego atrasado e me esforco, um senhor que faz aula conosco me elogiou pra ela, que disse que eu devia ter bons pais. Confirmei que era verdade, mas que se nao fosse Cristo, eu... "Ok, vamos pra aula!" - disse ela.

Ora, ja que nao posso falar e meu testemunho sera visto como apenas influencia dos meus pais e nada mais, vou usar minha cruz como modo para "instar a tempo e fora de tempo". É uma pequena e simples cruz, que me lembrou do hino "Old Rugged Cross", traduzido ao portugues como "Rude Cruz".

Parentese (dos grandes) fechado.

Saindo da Catedral Anglicana, fui para A Basilica de Nossa Senhora do Québec, que estava tendo um recital de orgao. Foi fenomenal. Segui entao para a Igreja Presbiteriana de Santo André, que - infelizmente - estava fechada. Segui entao em direçao à Capela do Sagrado Coraçao, que é onde fica a associaçao do missionarios que cristianizaram os indios pagaos no Québec. E logo do outro lado da rua, entrei na Igreja Metodista, que foi onde fui mais calorosamente acolhido.

De fato, uma linda cidade. Eu até achei o endereço da Igreja Batista, mas ela ficara fora das muralhas da cidade velha e nao dava pra ir a pé. Saimos de Québec e chegamos a Montréal pontualmente às 20h, coforme previsto.

Mais uma viagem proveitosa e segura, graças ao onipotente e triuno Deus.

3 comentários:

Ligia Cerqueira disse...

Que ótimo que deu tudo certo, amor! Agora quero ver as fotos! Saudade, meu lindo!

Daniel e Gláucia disse...

Graças a Deus que você está tendo oportunidades de fazer passeios que são tão significativos. Não perca as oportunidades que surgirem e como a nossa Lili falou, quero ver as fotos. Deve ser emocionante conhecer lugares que antes só conhecia através dos livros. Tenho muito orgulho de ser sua mãe. Te amo!!

Daniel e Gláucia disse...

Ainda bem que existe gente como vc que não se envergonha do evangelho. Lembre-se sempre o que Jesus, nosso único Salvador, disse: "Todo aquele que me confessar diante dos homens, também o Filho do homem o confessará diante dos anjos de Deus (Lc12:8).