tag:blogger.com,1999:blog-4100784355750295138.post5039605019086734994..comments2023-04-26T04:08:47.406-07:00Comments on Mundo Yuppie: Valores: Valem a pena?Natan Cerqueirahttp://www.blogger.com/profile/12869796115026622654noreply@blogger.comBlogger7125tag:blogger.com,1999:blog-4100784355750295138.post-27849735314609330002010-06-13T17:40:16.326-07:002010-06-13T17:40:16.326-07:00Grande Leandro!
Tomarei meu tempo para ler Peyref...Grande Leandro!<br /><br />Tomarei meu tempo para ler Peyrefitte tão logo passem provas finais! Obrigado pela recomendação.<br /><br />Quem sabe eu não apresente meu parecer sobre a obra dele para você no restaurante museu da casa do célebre José de Alencar ou numa caminhada pelo Mausoléu de CB? Considere-se convidado!<br /><br />Forte abraço,Natan Cerqueirahttps://www.blogger.com/profile/12869796115026622654noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4100784355750295138.post-10501473344531624502010-06-09T15:12:38.829-07:002010-06-09T15:12:38.829-07:00Caríssimo, fico muito agradecido por ter dado sequ...Caríssimo, fico muito agradecido por ter dado sequência ao debate -- embora ainda fique a dever na questão da constante atualização.<br /><br />Bom, como eu também não dispenso um bom debate -- principalmente quando meu interlocutor é de uma sabedoria conspícua e de uma inteligência percuciente, o que sempre me faz aprender mais --, arrisco-me aqui a uma ligeira réplica.<br /><br />Conhece Alain Peyrefitte? Ele debruçou-se sobre a obra de Weber e acabou por defender, com uma proficuidade de provas e documentos, a tese de que não foi o conteúdo moral do protestantismo que fomentou o desenvolvimento capitalista, mas sim a forma da organização de suas igrejas. Como não havia uma autoridade central -- como a do papa --, os grupos religiosos independentes encontraram no livre comércio, na convivência igualitária e na fidelidade aos mandamentos do Evangelho -- os quais eram interpretados segundo a consciência de cada um -- os princípios de uma nova ordem social e econômica que floresceu no capitalismo moderno. <br /><br />Por outro lado, a causa da paralisia econômica nos países católicos não foi a moral da Igreja, mas a centralização burocrática. A coisa foi meio paradoxal: ao mesmo tempo em que o papado estava assustado com a rebelião protestante e acossado por suspeitas contra tudo e contra todos, ele estava fortalecido pela súbita ascensão das monarquias católicas -- as quais foram enriquecidas pelas navegações. Consequentemente, a Igreja Católica fechou-se numa hierarquia rígida e numa reivindicação de poder absoluto, eliminando o que restava do pluralismo medieval e sufocando a iniciativa de auto-organização da sociedade. <br /><br />Esse exemplo foi celeremente seguido pelas monarquias sob sua influência, principalmente Portugal e Espanha. O sonho de São Tomás, uma sociedade cristã formada por homens livres, unidos pelo fato de serem membros do corpo místico de Cristo, acabou-se realizando entre os "infiéis" protestantes.<br /><br />Assim, sempre de acordo com Peyrefitte, três elementos foram decisivos para o superior resultado econômico do capitalismo: <br /><br />(a) a liberdade de auto-organização; <br /><br />(b) homogeneidade moral, resultado da fidelidade geral ao Evangelho (a qual era ainda mais estrita porque, como não havia uma autoridade formal superior, a Bíblia se tornava, diretamente, o critério comum para o arbitramento de todas as disputas); e<br /><br />(c) o ambiente de confiança, integridade e seriedade criado pelos dois fatores anteriores. <br /><br />Em contrapartida, o autoritarismo papal e monárquico criou sociedades anêmicas, enfraquecidas, intimidadas e corrompidas pela subserviência àquela burocracia onipotente.<br /><br />Para um bom texto sobre Weber, recomendo este do seu conterrâneo Nivaldo Cordeiro:<br /><br />http://www.olavodecarvalho.org/convidados/0190.htm<br /><br />Aquele abraço, meu caro!<br /><br />E sigo no aguardo daquele convite básico para ver as casas do Zé e do Marechal Castelo em Messejana.Leandrohttps://www.blogger.com/profile/14795085489488615508noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4100784355750295138.post-32987794191098113942010-06-01T17:46:08.488-07:002010-06-01T17:46:08.488-07:00A pesquisa de Condolle está comentada aqui: http:/...A pesquisa de Condolle está comentada aqui: http://www.mackenzie.com.br/ano2007000.htmlNatan Cerqueirahttps://www.blogger.com/profile/12869796115026622654noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4100784355750295138.post-84674380659308469312010-06-01T17:40:02.518-07:002010-06-01T17:40:02.518-07:00Leandro,
Fico muitíssimo contente que vc tenha li...Leandro,<br /><br />Fico muitíssimo contente que vc tenha lido meu texto e comentado. <br /><br />Esse texto foi meu breve discurso (algo em torno dos 10 a 12 minutos) num evento em que falaram outros dois preletores, um budista e um ateu.<br /><br />Por motivo de tempo, não pude explorar como gostaria outros autores que abordam a influência de João Calvino como Alister McGrath, Heber Carlo Campos e Michael Horton. Esses autores falam justamente da influência da fé reformada sobre o apego ao conhecimento das artes e ciências.<br /><br />Segundo o próprio McGrath, Alphonse de Candolle pesquisou a composição dos alunos da Academie des Sciences Parisiense durante 1666 a 1883 e verificou que 18,2% dos alunos eram católicos romanos ao passo que 81,8% eram reformados. Candolle esperava que essa proporção fosse de, respectivamente, 60% e 40%. Assim, não há dúvida que o apego e busca pelo conhecimento foram fatores diferenciadores. Eu concordo que a educação pesou mais do que a ética de trabalho (que não pode ter sua importância negada). No entanto, eu estava apresentando a tese de Max Weber e a estava usando para provar o meu ponto da palestra: que valores fornecem o alicerce sobre o qual sociedades são erguidas.<br /><br />Weber dizia que foi a ética de trabalho. McGrath, Condolle, Campos e Horton achavam que foi a educação. De toda forma, a fé reformada exaltava esses valores e foram eles que os levaram a perseguir esses atributos e mudar os rumos do desenvolvimento social.<br /><br />Em suma, defendo que valores são de substancial importância. Houvesse sido o debate "qual o valor diferencial?", eu teria utilizado sua mesma argumentação. Como a exposição foi sobre a importância dos valores, busquei apresentar o autor mais conhecido pelo público (pois de desconhecido já basta o chinês!).<br /><br />Espero ter-me feito claro.<br /><br />Forte abraço!<br /><br />PS: Qto à periodicidade, espero poder atualizar meu blog com mais frequencia uma vez que passe essa fase de provas e trabalhos finais.Natan Cerqueirahttps://www.blogger.com/profile/12869796115026622654noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4100784355750295138.post-72240790893410753512010-06-01T09:19:13.923-07:002010-06-01T09:19:13.923-07:00Excepcionalmente bem escrito e articulado, meu car...Excepcionalmente bem escrito e articulado, meu caro. Com a alma.<br /><br />Permita-me apenas introduzir uma ligeira controvérsia aqui:<br /><br />Sobre Max Weber e seu livro, já há pesquisas que o contrariam ligeiramente. Ninguém discute a excelência da ética protestante -- a qual estimula o trabalho árduo e a acumulação da capital --, porém o grande diferencial, aquilo que de fato estimulou o enriquecimento dos países protestantes vis-à-vis os católicos, estava em um detalhe básico: a alfabetização.<br /><br />Explico melhor: é sabido que, na maioria dos lares católicos, a Bíblia é mais um objeto de decoração do que de leitura. Não vou ser hipócrita quanto a isso. Até porque é algo que vem de longa tradição. Os evangelhos são lidos na missa e os padres fazem a Liturgia da Palavra (é aí que os desgraçados* dos teólogos da libertação fazem a farra). <br /><br />A consequência inevitável desse hábito é que, por nunca ter havido esse incentivo à leitura da Bíblia, a alfabetização entre os católicos se desenvolveu com mais atraso.<br /><br />Já entre os protestantes, a Bíblia sempre foi leitura obrigatória. E isso trouxe o efeito esperado: maior nível de alfabetização, que foi o que os preparou melhor para o mourejo e, consequentemente, para o enriquecimento.<br /><br />Bom, essa foi minha única divergência em relação ao texto.<br /><br />Finalmente, agora vem a demanda do consumidor: escreva mais, meu caro. Bem mais! Mantenha a calvinista disciplina de, ao menos, um texto a cada dois dias.<br /><br />Forte abraço!<br /><br />_______________________________<br /><br />* “Desgraçado”, antes de ser um xingamento gratuito, é um termo religioso: designa aquele que foi excluído da Graça. (Só pra mostrar como, mesmo no auge da fúria, sou um sujeito educadíssimo.)Leandrohttps://www.blogger.com/profile/14795085489488615508noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4100784355750295138.post-86874257720680539202010-05-21T10:04:36.417-07:002010-05-21T10:04:36.417-07:00Amo vcs, pidos!Amo vcs, pidos!Natan Cerqueirahttps://www.blogger.com/profile/12869796115026622654noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-4100784355750295138.post-36560939634706629152010-05-21T04:44:32.618-07:002010-05-21T04:44:32.618-07:00Em comunicação existem três componentes: emissor, ...Em comunicação existem três componentes: emissor, canal e receptor. No artigo, o emissor foi a Palavra de Deus (infalível), o canal, seus pais (falíveis) e o receptor você (que tem o livre arbítrio). O que fizemos foi "ENSINA A CRIANÇA NO CAMINHO EM QUE DEVE ANDAR, E AINDA QUANDO FOR VELHO NÃO SE DESVIARÁ DELE" (Pv 22:6).<br />Cuidado!!! cada vez que vc defendo os valores bíblicos, mais o Satanaz lhe odeia...e mais Jesus te ama...continue optando pelo sentimento do último.<br />Seu pai.Daniel e Gláuciahttps://www.blogger.com/profile/07484340007538146381noreply@blogger.com